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Segundo encontro do Ciclo de Debates promovido pelo SEAC-PR e Sindesp-PR teve como tema principal cotas PCD

Nesta quarta-feira (17), cerca de 50 empresários e pessoas ligadas ao setor do asseio e conservação e segurança privada participaram do segundo encontro do Ciclo de Debates promovido pelo SEAC-PR e Sindesp-PR. Realizado na sede do sindicato patronal de segurança privada, a edição contou com a presença do candidato a deputado federal Felipe Braga Côrtes e teve como tema principal das discussões as cotas para PCD e menor aprendiz.


O Ciclo de Debates é uma forma de trazer aos setores, que hoje, juntos, geram somente ao estado do Paraná mais de 100 mil empregos com registro em carteira, discussões que são relevantes e que impactam diretamente as empresas e, consequentemente, trabalhadores. “Hoje, os dois setores juntos são os maiores empregadores e recolhedores de tributos do país. Ou seja, representamos grande parte da economia brasileira. Precisamos trazer nossas questões para o centro das discussões políticas, tributárias, econômicas, e estar aqui significa estarmos unidos nesta causa, que é do empresariado, mas é também de milhares de famílias que fazem parte do nosso setor”, afirmou Rogério Bueno de Queirós, presidente do SEAC-PR.


A ideia é debater diversas ideias de interesse do setor, e neste encontro, o candidato Felipe Braga Côrtes, que esteve à frente do Departamento de Políticas para PCDs na Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) do Paraná, trouxe a questão das cotas para a conversa. “As pessoas acreditam que na questão das cotas não se mexe. No entanto sabemos que enquanto a gente não discutir, essa questão não avança. É preciso pensar em uma política que atenda de forma justa a luta da pessoa com deficiência e também o setor produtivo. Não adianta fazer uma lei impositiva que não se adequa à realidade”, disse o candidato.


“Hoje o setor público representa  60% do mercado de asseio, conservação  e segurança privada. E quando vamos participar das licitações, o poder público nos cobra a execução das cotas, no entanto, nos impõe diversas limitações para contratação de funcionários. Ou seja, a questão vira um dos maiores problemas do setor. Nós não somos, de jeito nenhum, contra as cotas. O que o setor quer é que essa questão fique restrita apenas ao corpo administrativo das empresas, para que seja atendida de maneira justa. Tem empresas que tem mais de 10 mil colaboradores, mas a maioria são serventes de limpeza, segurança, zeladores”, disse o empresário Adonai Arruda.


Com as eleições chegando, os sindicatos patronais dos setores de asseio e segurança privada entenderam que seria o momento perfeito para unir a categoria e buscar soluções junto a representantes do executivo e do legislativo. “Precisamos encontrar pessoas que estejam comprometidas com as nossas lutas, tendo em vista a importância que os setores têm na economia brasileira. Muito oportuna a discussão das cotas com alguém que esteja à frente dessa luta”, concluiu o presidente do Sindesp-PR, Alfredo Ibiapina.