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Um enorme legado. E determinação para continuar escrevendo
uma história de sucesso. É desta maneira que a nova gestão do SEAC-PR chega ao
Paraná a partir de 2022. Hoje, temos um sindicato estruturado, com sede própria,
e com uma Convenção Coletiva de Trabalho flexível e moderna, antenada com as
necessidades do mercado e com um amplo sistema de benefícios, de fundamental
importância para os nossos trabalhadores. Essa foi uma Convenção construída ao
longo de muitos anos de negociação, baseada na confiança e na lealdade de
propósitos entre a parte patronal e a laboral. Podemos dizer que essa é a CCT
da união, da tradição com a inovação, das necessidades dos trabalhadores, com
as condições das empresas e dos mercados, da prevalência do bom segmento sobre
os interesses particulares.
Ainda, não há como assumir esta gestão sem reconhecer e
fazer referência a uma obra extraordinária, inovadora, transformadora. Estou
falando da FACOP, Fundação que hoje não só é replicada em outros estados do
Brasil, mas também por outros países, como é o caso do México. Transformar
sonhos em realidade não é fácil. E o SEAC-PR, em parceria com o Siemaco
Curitiba conseguiu realizar esse sonho, trazendo capacitação e treinamento para
uma camada da sociedade que, por circunstâncias diversas, se veem privadas de
oportunidades de aprendizagem.
Afinal, educar é transformar.
No que diz respeito à nova gestão, enfrentaremos desafios
imensos, especialmente pelo momento conturbado e adverso que atravessamos no
campo político-econômico no cenário nacional. Além de um cenário de polarização
política, de pandemia e até mesmo de guerra, travaremos lutas como a reforma
tributária, o Estatuto do Menor Aprendiz, a questão das cotas para PCDs, além
de precisarmos lutar para o avanço da reforma trabalhista, que já está
seriamente ameaçada, ora por decisões nos tribunais, ora por propostas
eleitoreiras, descoladas da realidade nacional.
Nosso país precisa sair da “UTI das legislações
estapafúrdias” e acabar com esse manicômio tributário e trabalhista que
enfrentamos. Só assim haverá crescimento robusto, sustentável e com geração de
emprego e renda.
Mas para mudarmos isso, prezados empresários, precisamos
fortalecer nossas entidades de classe, assumirmos nosso papel como
protagonistas. O segmento do asseio e conservação não pode se abster do direito
de lutar pelos seus direitos. O primeiro dos motivos é a origem do setor,
forjado por empreendedores que via de regra não são originários da elite do
país. Não temos o poder econômico da indústria ou dos bancos, tampouco eles têm
raízes tão fortes como as nossas.
Outro motivo está na força da nossa trabalhadora. Nossas
agentes de saúde, antigas serventes de limpeza. Vivendo nas chamadas zonas de
risco social, basta olhar para elas para vermos quanta força e determinação têm
essas mulheres. E nós precisamos honrá-las, fazendo com que legisladores do
país tenham o devido respeito com nosso segmento. Na pandemia, enquanto muitos
estavam protegidos em suas casas, nossas trabalhadoras estavam nos hospitais,
nas fábricas, executando suas funções de forma a auxiliar no combate ao vírus,
que trouxe tanto sofrimento para tantas famílias.
Não queremos benesses. Não queremos privilégios. Não
queremos regalias. QUEREMOS RESPEITO. Que as leis respeitem as particularidades
desta atividade tão importante para o nosso país. Um segmento de alta
relevância econômica e social, com a geração de milhões e milhões de empregos e
tributos. Além disso, hoje somos a porta de entrada para o mercado de trabalho
para muitos brasileiros.
Por isso te convido a jogar esse jogo conosco. Vamos juntos
buscar UNIÃO e FORÇA para um novo tempo. Este será nosso lema.
Muito obrigado!
Rogério Bueno de Queirós - presidente do SEAC-PR

Um ano de resiliência. Assim foi 2021. O ano em que a tão desejada
vacinação ganhou força e trouxe novamente esperança para o nosso setor e para o
mundo todo. Conseguimos vislumbrar novas possibilidades e uma nova realidade no
mundo do trabalho e dos negócios. Repensamos nossos protocolos e retomamos
atividades essenciais como é o caso da FACOP, que viu suas salas de aula
novamente com alunos, de forma presencial e segura. Essa retomada trouxe um
novo fôlego e, apesar de sabermos que a pandemia ainda não acabou, estamos mais
preparados e orientados, conscientes do nosso papel no combate ao Covid.
Além disso, 2021 foi um ano de realizações na FACOP.
Nosso material EaD mais uma vez rompeu fronteiras, e ganhou
forças em um momento em que as salas de aulas passaram a ser remotas. Os
investimentos que já foram feitos nesse material provou o quanto a FACOP está
sempre à frente do seu tempo, entendendo que o ensino a distância é um caminho
sem volta, e que torna possível levar o conhecimento a locais e a profissionais
que nem sempre têm a oportunidade de realiza-lo. Quanto orgulho deste material
e de tudo o que ele já proporcionou ao setor do asseio. Entre uma das ações
idealizadas pela Fundação é a parceria com o projeto Fraternidade sem
Fronteiras, organização humanitária que realiza o acolhimento e traz novas
possibilidades a refugiados. Nessa parceria, disponibilizamos os cursos EaD
para que pessoas que tiveram que abandonar seus países tenham uma nova
oportunidade no Brasil.
Ainda, a FACOP foi finalista do prêmio Sesi ODS, motivo de
muito orgulho para todos os envolvidos, afinal, foram mais de 100 instituições
inscritas e a FACOP ficou entre as cinco finais, com um projeto que ressaltava
o valor do capital intelectual da Fundação na democratização da limpeza
profissional em prol ao desenvolvimento sustentável. No projeto, foi abordado
como a instituição agiu estrategicamente durante a pandemia para democratizar o
acesso ao conhecimento na área da limpeza.
Dentre outros projetos desenvolvidos, o da interiorização da
Central de Empregos também merece destaque, pois leva aos trabalhadores e
empresas do Paraná a possibilidade de contar com seleção qualificada de
profissionais, contando com o expertise da FACOP para profissionalizar ainda
mais o setor do asseio. Essa é mais uma ação que só poderia acontecer graças à
parceria que temos com o Siemaco.
A participação da FACOP na edição 100% digital da Higiexpo
também fez história, ofertando conteúdo qualificado a um grande número de
pessoas. Foram tantos acontecimentos, todos eles marcados pelo profissionalismo
e pela dedicação de quem faz a FACOP dia a dia. Que alegria poder contar com um
time como esse e poder enxergar essa história, que vem sendo trilhada com muito
carinho, persistência, resiliência e pioneirismo.
Para os próximos anos, temos como objetivo continuar essa
caminhada, cada vez com mais entusiasmo e inovação. O projeto do Museu da
Limpeza Profissional será um desses projetos, que a partir de 2022 começa a
contar com o apoio de empresas que desejem construir a história da limpeza
profissional e, mais que isso, fazer história no setor do asseio e conservação.
Que seja um ano de grandes obstáculos. Estamos aqui
resilientes para atravessar todos e, como sempre, atingirmos o êxito em tudo
aquilo que nos propomos.

Adonai Arruda*
A reforma tributária vem se
tornando cada vez mais ponto de discussão entre o setor produtivo no Brasil.
Reuniões, encontros, movimentos estão se formando em torno desta pauta que pode
mudar a realidade econômica brasileira. O setor de serviços, grande responsável
pela geração de emprego e renda no Brasil, é um dos que será afetado
imensamente com a reforma, e, por isso, movimentos como o Simplifica Já,
encabeçado pela Central Brasileira de Serviços (Cebrasse) e outras 118
entidades, incluindo as empresas do setor do asseio e conservação, vem
colocando em pauta junto à Câmara, ao Senado e ao Executivo necessidades
urgentes para a implantação de um sistema tributário mais simples, seguro
moderno, transparente, justo e eficiente.
O Brasil é hoje um dos países com
o maior número de tributos. Quando olhamos para setores como a área de limpeza
e conservação, segundo maior empregador brasileiro com mais de dois milhões de
trabalhadores com emprego formal em 13 mil empresas, fica quase impensável uma
reforma que não tenha como objetivo desonerar a folha de pagamento e reduzir os
custos de mão de obra. Só assim será possível gerar cada vez mais novos postos
de trabalho e assim contribuir para o desenvolvimento do país.
Para que isso aconteça, diversos
empresários vêm se reunindo, inclusive com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, para apresentar propostas e criar um diálogo com o Executivo. Assim,
foram criados grupos de trabalhos divididos por segmentos como educação, saúde,
mão de obra intensiva para que uma proposta adequada a todos os setores
aconteça. Como representante do setor de serviços, elencamos alguns pontos que
farão desta reforma uma grande aliada do setor produtivo no Brasil, e são eles:
1 – Fortalecimento da
autonomia de estados e municípios
É inegável que a estrutura
federativa do país precisa ser revista. Assim, ofertar uma maior integração
entre os entes autônomos e consequentemente mais qualidade no serviço prestado
à população faz-se necessário. Para tal, é preciso acabar com a dependência dos
fundos da União, assim como com o aumento da carga tributária.
2 – Estímulo à geração de
emprego com a desoneração da folha
Hoje, o Brasil apresenta custos
elevadíssimos com diversos encargos na folha de pagamento. Em um momento de
crise pelo qual estamos passando, é preciso reverter esse quadro para que
possamos retomar a economia.
3 – Não aumento da carga
tributária, sobretudo para quem mais gera empregos
O aumento da carga tributária em
setores como o de serviços e a agropecuária, por exemplo, pode gerar desemprego
e sobrecarga nos orçamentos públicos. Por isso, defendemos uma melhor
distribuição e redução da carga tributária a médio e longo prazo.
4 – Nacionalização da
legislação e simplificação imediata e contínua das obrigações acessórias
Propõe-se aqui a unificação da
legislação dos 27 ICMS e do ISS dos municípios, racionalização da legislação do
PIS Cofins e investimento em tecnologia da informação. Com isso, será possível
a criação de um cadastro único nacional e criação de Nota Fiscal Eletrônica de
serviços nacionais, e também a criação de nota fiscal eletrônica de ICMS
nacional, sendo que ambas terão um sistema de distribuição automática de
arrecadação para os entes de federação.
5 – Justiça fiscal
Previsão de alíquotas reduzidas
de ICMS quanto mais essencial for o bem de consumo.
6 – Modernização, integração e
melhoria do relacionamento entre fisco e contribuinte
Proposta de um fisco cada vez
mais profissionalizado agindo menos como litigante e mais como plataforma de
relacionamento com o contribuinte
*Adonai Arruda é
presidente do Sindicato das Empresas do Asseio e Conservação do Estado do
Paraná (SEAC-PR), diretor da holding Higiserv e presidente da Fundação do
Asseio e Conservação, Serviços Especializados e Facilities do Paraná
(FACOP-PR).

A reunião vai discutir os impactos que a reforma
tributária trará ao setor de serviços
O presidente do SEAC-PR, Adonai Arruda, participará, nesta
sexta-feira (16), de um evento realizado junto ao ministro da economia, Paulo
Guedes, para discutir os impactos que a reforma tributária trará ao setor de
serviços. O encontro, que acontecerá com apenas 20 entidades selecionadas do
Brasil todo, tem como objetivo levar ao governo federal preocupações como a
reforma do Imposto de Renda, que pode vir a onerar ainda mais quem investe em
atividades econômicas, como é o caso do setor de serviços.
“O Brasil precisa sim de uma reforma que ajude a criar um
ambiente positivo para o investimento e para o desenvolvimento do país. Mas é
preciso propor um equilíbrio no que diz respeito aos tributos. Somos o país que
mais tributa na área de bens e serviços, no emprego formal e no lucro das
empresas. É preciso estimular a retomada da economia, ainda mais neste período,
e não dificultar ainda mais”, diz Adonai.